Olhava os teus olhos vermelhos e lacrimejantes buscando um lugar qualquer, evitando pensar no momento. Eles eram sinceros, grandes, me davam medo. Eu sabia o que acontecia. Não acreditava, mas sabia. Passava minha mão, trêmula, antes descarada, sobre tua perna e desejava toda a sorte do mundo pra nós dois, precisaríamos.
Era a hora da despedida. Ficávamos por ali. O “a gente” passava a não existir mais. O “eu” e o “você” entravam, naquele momento, em nossas conversas. Corroíam e deixavam menos bonita e mais fria cada frase que saia de nossa boca em direção ao outro. Seríamos amigos, agora? Não sei quando, ou se vou me acostumar a te chamar pelo nome. Tínhamos nossos próprios apelidos já gravados em cada inicio ou término de frases.
O abraço frouxo, aquele último abraço, me abria os olhos pro quanto difícil seriam os próximos dias. Chegarem casa. Olhar minha cama. Dormir nela. Ela agora está maior, mais fria e menos divertida. Virar e rolar de um lado para o outro não parece diminuí-la ou deixá-la mais minha. Mas o “a gente” não existe mais e terei que me acostumar com o “eu”.
Encontro nossos amigos na rua. Me perguntam por você. Perguntam por nós dois (risos sem graça). A resposta parece causar grande surpresa, mas não apenas neles. Eu também custo a acreditar. Ameaço pegar o telefone. Ligar pra você. Pedir pra voltarmos. Mas não, já não somos mais os mesmos. Já não damos mais certo.
Não pensa que tudo foi ilusão, mas agora vai. O “a gente” já não existe mais. Você vai se sair bem. Também tentarei ficar bem (mais risos sem graça).
Era a hora da despedida. Ficávamos por ali. O “a gente” passava a não existir mais. O “eu” e o “você” entravam, naquele momento, em nossas conversas. Corroíam e deixavam menos bonita e mais fria cada frase que saia de nossa boca em direção ao outro. Seríamos amigos, agora? Não sei quando, ou se vou me acostumar a te chamar pelo nome. Tínhamos nossos próprios apelidos já gravados em cada inicio ou término de frases.
O abraço frouxo, aquele último abraço, me abria os olhos pro quanto difícil seriam os próximos dias. Chegar
Encontro nossos amigos na rua. Me perguntam por você. Perguntam por nós dois (risos sem graça). A resposta parece causar grande surpresa, mas não apenas neles. Eu também custo a acreditar. Ameaço pegar o telefone. Ligar pra você. Pedir pra voltarmos. Mas não, já não somos mais os mesmos. Já não damos mais certo.
Não pensa que tudo foi ilusão, mas agora vai. O “a gente” já não existe mais. Você vai se sair bem. Também tentarei ficar bem (mais risos sem graça).
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